Elos online - Edição 06 - Elos de Carlotas

Violências – “Não”. É uma frase completa.

No dia 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência contra Mulheres e Meninas, escolhemos o tema “Violências” para guiar o encontro deste mês. Uma das definições de “violência” aponta para o uso de poder para causar dano, submeter ou controlar outra pessoa, grupo ou situação. Diante disso, nos perguntamos:

Quais são esses poderes?

Essa questão inicial abriu espaço para reflexões profundas, e os ELOS trouxeram percepções valiosas.

Foi destacado como o poder pode se manifestar de forma sutil, através de controle emocional e psicológico, que, embora invisível, deixa marcas duradouras e dificulta a quebra de ciclos de autoviolência e violência doméstica. As participantes compartilharam experiências de como o poder pode ser internalizado, levando a uma autocrítica intensa que reforça posições de submissão e
autoanulação. Muitas identificaram que essa violência internalizada, alimentada por normas culturais e sociais, pode parecer “natural” ou até “merecida”, mas o encontro reforçou a importância de questionar essas crenças e desconstruir padrões internalizados de opressão.

Outro ponto foi a violência institucional, que emerge quando sistemas e estruturas perpetuam desigualdades por meio da omissão, discriminação ou falta de acolhimento. Nossa corrente relatou experiências de invalidação ao buscar ajuda e como esses bloqueios institucionais ampliam a opressão.

Mas o encontro também foi espaço para histórias de resistência e transformação: algumas compartilharam como, através de redes de apoio e ações coletivas, é possível ressignificar o poder. Assim, evidenciou-se o potencial transformador do poder quando usado de forma consciente e compassiva, revelando-se como uma ferramenta de fortalecimento e emancipação, ao invés de opressão.

Tivemos uma convidada especial, a Marcia Baratto (Gerente-Geral & Coordenadora de Pesquisa da Revibra Europa, uma rede europeia de profissionais antirracistas e feministas que oferece suporte e assistência para mulheres migrantes que são vítimas de violência doméstica e/ou discriminação antimigrante. Márcia trouxe aspectos legais e estruturais que dificultam ou promovem o combate à violência doméstica. Falamos sobre „Frauenhäuser“, denúncias, documentação de violências, laudos médicos e outros fatores importantes no processo de apoio.

Assista ao vídeo!

Materiais de apoio

Material informativo sobre violência doméstica – clique aqui para download

Campanha #nãoéamor da Revibra
Apostila “Sua vida em suas mãos” – um material educativo para a identificação, a prevenção e o afastamento dos comportamentos tóxicos e das suas consequências em relacionamentos abusivos. – clique aqui para download

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